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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

1° Concilio de Constantinopla

Primeiro Concílio de Constantinopla

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Primeiro Concílio de Constantinopla

Iluminura extraída de um manuscrito bizantino do século IX retrata o Primeiro Concílio de Constantinopla

Iluminura extraída de um manuscrito bizantino do século IX retrata o Primeiro Concílio de Constantinopla

Data

381

Aceito por

Católicos, Ortodoxos e Protestantes

O Primeiro Concílio de Constantinopla se realizou em 381, foi debatida a natureza de Cristo e o arianismo. Sendo este o primeiro Concílio Ecumênico realizado em Constantinopla, foi convocado de forma cesaropapista por Teodósio I em 381[1][2]. O concílio reconfirmou o Credo Niceno com algumas modificações, e tratou de outros assuntos teológicos. O concílio reuniu-se na Igreja de Santa Irene de maio a julho de 381. É reconhecido como o segundo concílio ecumênico pela Igreja Católica, Nestoriana, Ortodoxa e uma série de outros grupos cristãos.

Controvérsias e declarações

Até cerca de 360, debates teológicos tratavam principalmente da divindade de Jesus, a segunda pessoa do Trindade. No entanto, o Concílio de Nicéia não esclareceu a divindade do Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, que se tornou um tema de debate, sendo que os macedonianos negavam a divindade do Espírito Santo.

O concílio foi presidido sucessivamente por Timóteo de Alexandria, Manuel da Antioquia, Gregório Nazianzeno e Nectario, arcebispo de Constantinopla. O concílio reconfirmou o credo niceno, como uma verdadeira exposição de fé ortodoxa, e desenvolveu uma declaração de fé que incluía a linguagem de Niceia, mas ampliou a discussão sobre o Espírito Santo para combater a heresia dos macedonianos. É o chamado Credo Niceno-Constantinopolitano e foi um comentário sobre a declaração original de Niceia. Expandiu-se o terceiro artigo do credo para lidar com o Espírito Santo, assim como algumas outras mudanças. Sobre o Espírito Santo o artigo de fé, disse que é "o Senhor, o Doador da vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado". Com isso ficou estabelecido que o Espírito Santo deve ser do mesmo ser (ousia) que Deus Pai. Esta decisão do concílio sobre o Espírito Santo também deu apoio oficial para o conceito de Trindade.

O Primeiro Concílio de Constantinopla não tinha originalmente a intenção de ser um concílio ecumênico, mais apenas regional, motivo pelo qual os bispos ocidentais e o Papa Dâmaso I foram ignorados. Somente em 451, o Concílio de Calcedônia considera o Primeiro Concílio de Constantinopla só foi reconhecido pelo Ocidente como ecumênico no século VI[3] pelo Papa Hormisdas e mesmo assim a validade do terceiro cânone, que cria o patriarcado de Constantinopla não foi aceito pelos papas,[4] argumentando que violava o cânon sexto do Concílio de Nicéia, os direitos de Alexandria e Antioquia e que o Bispo de Roma baseava sua autoridade no fato de ser o sucessor de São Pedro e não o bispo da capital imperial[5].

Cânones

Foram emitidos sete cânones, quatro eram de caráter doutrinário e três disciplinares.

O primeiro cânone é uma importante condenação dogmática do arianismo, e também de Macedonianismo.[6]

O segundo cânone renova a legislação do credo niceno impondo os bispos diocesanos a observância dos limites patriarcais.[7]

O famoso terceiro cânone decreta de forma pouco clara a criação de um patriarcado para Constantinopla: “O Bispo de Constantinopla, no entanto, deve ter a prerrogativa de honra, após o Bispo de Roma porque Constantinopla é Nova Roma”.[8] Esse decreto deve-se ao fato que em 330 a capital do império romano foi transferida para Constantinopla, assim a cidade tornou-se um centro político e eclesiástico de grande importância.

O quarto cânone declara a invalidade da consagração de Máximo I de Constantinopla, filósofo e rival de Gregório de Nazianzo, como Bispo de Constantinopla.[9] O quinto cânone foi aprovado no ano seguinte em 382, e é em relação aos bispos ocidentais, e ao Papa Dâmaso I.[10]

O sexto cânone pode pertencer ao ano de 382, bem como, foi aprovado no Concílio de Trulo e fala sobre os bispos acusados de irregularidades.[11]

O sétimo cânone refere-se aos procedimentos para receber certos hereges na igreja.[12]

Referências

  1. Socrates Scholasticus, Church History, book 5, chapters 8 & 11, puts the council in the same year as the revolt of Magnus Maximus and death of Gratian.
  2. Heather and Matthews, Goths in the Fourth Century, p. 136.
  3. L'idea di pentarchia nella cristianità
  4. George C. Michalopulos, Canon 28 and Eastern Papalism: Cause or Effect?).
  5. O Papa e os concílios. Site Montfort. Página visitada em 2010-05-23.
  6. NPNF2-14. The Seven Ecumenical Councils | Christian Classics Ethereal Library
  7. NPNF2-14. The Seven Ecumenical Councils | Christian Classics Ethereal Library
  8. NPNF2-14. Canon III, First Council of Constantinople, The Seven Ecumenical Councils | Christian Classics Ethereal Library
  9. NPNF2-14. The Seven Ecumenical Councils | Christian Classics Ethereal Library
  10. NPNF2-14. The Seven Ecumenical Councils | Christian Classics Ethereal Library
  11. NPNF2-14. The Seven Ecumenical Councils | Christian Classics Ethereal Library
  12. NPNF2-14. The Seven Ecumenical Councils | Christian Classics Ethereal Library

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